Homens de Mar




Silenciosos. Solitários.
Protegidos da Iemanjá.
Entram no mar só depois de
persignar-se.
E o rito os preserva do medo ancestral às águas,
que amam e temem por igual .
Convictos que a cerimônia evita tragédias.
O mar é sagrado...
Repentino e anárquico,
ele traz o sustento ou engole,
e daí a vida e a morte
com seu simbolismo.
Água é o instinto, a fertilidade, a matriz,
é a origem de todas as coisas.

São pescadores.
Homens cheios de mistérios
como as ondas que embalam seus barcos.
Simples, como as redes que apanham seus peixes.
Sincronizados com o fluxo e refluxo das marés, e com a hora aproximada ditada pelo sol.
Concentrados. Distantes. Rústicos. Enfeitiçados pelas águas.
São pescadores. Homens de mar que, embarcados, conseguem sentir
a finitude da vida e sua preciosidade.



Alejandra Traverso


 

 

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Rodrigo Bruzzi



 

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