“O valor
das coisas não está no tempo que elas duram
mas na intensidade com que acomtecem...
Por isso, existem momentos inesquecíveis,
coisas inexplicáveis e
pessoas imcomparáveis”
-FERNANDO PESSOA-
Tudo tem um fim.
A sexta edição de Jericoacoara Jornal fecha uma
etapa com a satisfação do dever cumprido. Idoneidade
profissional e responsabilidade social aliaram-se neste projeto
comunitário com a finalidade de divulgar a cultura local,
resgatar a memoria histórica, difundir o turismo e alentar
o cuidado pelo meio ambiente. Crentes que da consciência
individual surgem as verdadeiras mudanças, fizemos a nossa
parte.
Tentamos mostrar aquilo que Jeri tem de bom por escolha pròpia.
“Porque o mal nunca entrou pela boca do homem” ...
“Mas o que sai da boca procede do coração,
e isso sim contamina”.
Mostramos a diversidade cultural e a beleza natural junto, agradecidos
de um Brasil acolhedor. Sumamos esforços individuais, talentos
individuais no meio da correria diária. Destacamos o trabalho
solidário de alguns e o conhecimento esclarecedor de outros.
Nada é insubstituível e ninguém imprescindível,
mas eu não poderia ter feito Jericoacoara Online sem a
generosidade da equipe. Obrigada por ter-me acompanhado nesta
caminhada.
O espírito solidário embeleza a alma das pessoas.
Até a próxima aventura.
ALEJANDRA
TRAVERSO
FOTOGALERIA: " NOSSO
OLHAR "
SABRINA SANSUINI - CLEISON
SILVA - WALTER ANGELOTTI
Muitos se perdem
no percurso transpessoal de suas vidas por não darem evasão
à escuta de chamados mais sutis e criativos, genuinamente
intuitivos.
Somos herdeiros
de uma cultura milenar, respaldada em concepções
que fundamentam através dos séculos a história
da humanidade. A construção do conhecimento humano
foi e é influenciada pelo pensamento de muitos filósofos,
cientistas, místicos, escritores, dramaturgos, poetas,
que contribuíram para formação do homem.
Implicamo-nos numa trama histórica com enredos escritos
por criadores de teorias e práticas que nos levaram a adquirir
hábitos e comportamentos modelados pelas criações
e eventos que se sucederam ao longo dos tempos. As áreas
do conhecimento foram formando suas bases e estruturando-se no
modelo acadêmico e compartimentalizado em disciplinas distintas;
as religiões ditaram seus dogmas indiscutíveis,
estabelecendo regras e padrões de comportamentos; a sociedade
constitui-se dentro de uma estética existencial padronizada
e tida como o melhor para todos. A massificação
dos modelos generalizados fragmentou-se pela exclusão dos
excluídos, pela discriminação, pelo fracasso
de uma fórmula única para um universo de seres,
de pensares, de agir e de modo de estar no mundo.
Descartes
Newton
No paradigma clássico,
que também podemos chamar de cartesiano-newtoniano ou de
baconiano, cujos princípios fundamentais foram formulados
por Descartes, Newton e Bacon, acreditava-se que em qualquer sistema
complexo a dinâmica do todo poderia ser compreendida a partir
das propriedades das partes; dessa forma postulava uma visão
mecanicista e fragmentada do todo, o mundo é uma grande
máquina quadrada, autômato, de comportamento previsível.
O conhecimento baseava-se no empirismo a partir dos fatos concretos,
passíveis de serem apreendidos pelos sentidos e passíveis
também de mensuração, e só assim
teria valor científico. Tudo é feito de átomos-matéria,
inclusive a consciência. Acreditava-se que as descrições
eram objetivas, isto é, a realidade existe independente
do observador humano e do processo de conhecimento. O paradigma
cartesiano baseou-se na crença de que o conhecimento
científico poderia alcançar a certeza absoluta
e final. Tudo estava pré-determinado, conhecendo-se o
estado inicial de um sistema pode-se prever um estado futuro.
Tudo tem uma causa e um efeito definidos.
Nesse paradigma todos os fenômenos são locais,
têm origem material e propagam-se no espaço com
velocidade finita num tempo finito. Todo movimento ou mudança
acontece de modo contínuo.
Esse modelo de se posicionar no mundo e vivenciá-lo de
forma cada vez mais esfacelada, já não se adéqua
mais, tão amplamente, a todas as ocasiões; a dialética
atual pede um outro entendimento, uma forma de pensar a verdade
das coisas indo além das aparências, focando realidades
inteligíveis.
O paradigma
atual que podemos chamar de holístico, ecológico,
ou de sistêmico, vem conjugar os elementos, envolver os
organismos, as idéias e pensares do velho e do novo paradigma
num mesmo processo dialético, comprometidos com a unicidade
e a totalidade. Seus representantes são Einstein, Julius
R. Oppenheimer, Niels Bohr, Werner Heisenberg, entre outros.
Esse paradigma postula que as propriedades das partes só
podem ser entendidas a partir da dinâmica do todo. Em
última análise, não há partes, em
absoluto. Aquilo que chamamos de parte é meramente um
padrão numa teia inseparável de relações.
Cada estrutura é vista como a manifestação
de um processo subjacente. Reconhece que todos os conceitos,
teorias e descobertas são limitadas e aproximadas; a
ciência nunca poderá fornecer uma compreensão
completa e definitiva da realidade. Neste paradigma os cientistas
não lidam com a verdade no sentido de correspondência
exata entre a descrição e os fenômenos descritos,
eles lidam com descrições limitadas e aproximadas
da realidade. No paradigma quântico o universo é
concebido como uma teia dinâmica de eventos inter-relacionados,
e as interações mútuas entre as partes
determinam a estrutura do todo. O universo é um todo
inseparável e todas as formas são fluidas e em
permanente mudança. Não há lugar para quaisquer
entidades fundamentais fixas, todos os fenômenos naturais
são interligados entre si. A física quântica
é a
física das possibilidades, calcula as possibilidades,
em vez de pensar em objetos, deve-se pensar em possibilidades.
Essa nova forma
de pensar o homem e o universo é um desafio para o homem
que viveu e ainda vive sob o jugo de padrões condicionantes.
Terá eventualmente que transcender estágios, ultrapassar
barreiras de pensamentos arraigados de “verdades eternas”
e decadentes.
Os momentos espaços-tempo vividos, experienciados e transcorridos
durante toda nossa existência configuram quem somos e como
somos. Se estamos dentro da dualidade existencial dos tipos e
modos de vida, se brancos ou pretos, se feios ou belos, se cultos
ou incultos, se violentos ou mansos, a verdade é que independente
de onde vivemos, se temos fome ou não, se assinamos o nome,
se dormimos no jornal , se bebemos, dançamos, se amamos
ou odiamos, se brasileiros, estrangeiros, todos, absolutamente
todos, somos um, somos Uno. Temos as mesmas idiossincrasias com
relação às experiências vivenciais,
pois esse componente é inerente ao ser, estamos ligados
a mesma célula Mãe.
A capacidade de estar em sintonia com a natureza resgata em nós
o funcionamento natural das coisas, desde os pequenos acontecimentos
aos mais elaborados, desde algo bem interno em nós, como
o equilíbrio das funções orgânicas,
até a manifestação de fatos bem mais elaborados
e complexos. Quando atingimos esse nível de sincronização
com o universo, conseguimos contornar situações
difíceis e adversas ou realizar com uma habilidade extraordinária
algo inimaginável. E os mais fiéis e, corajosamente
ousados, ou os mais singelos, arriscam a se perguntar: Será
que Deus agiu em mim?
Quando deixamos esse ser essencial se revelar e expressar-se na
sua singularidade, tocamos a nossa Fonte Divina, e aí,
nos aproximamos notadamente da mais pura intuição.
Em comunhão com o universo, conectados com o holus e a
sua sincronicidade a reger a natureza, desenvolvemos maior consciência
mental, adquirimos uma percepção mais aguçada
dos acontecimentos e maior capacidade de entendimento de suas
causas, origens e conseqüências.
Para realizar
o percurso transpessoal em nossa vida é essencial ir além
do ser social, libertar-se de padrões, de idéias
pré-concebidas, de estigmas que marcaram nossa forma de
pensar, se relacionar e agir. Para ir mais além do “pessoal”
e acessar o puro ser, se faz necessário pensar e agir em
consonância com a ética que rege as leis da natureza,
sua harmonia, equilíbrio, e ser um homem de bem. Muitos
se perdem no percurso transpessoal de suas vidas por não
darem evasão à escuta de chamados mais sutis e criativos,
genuinamente intuitivos, ou, por não saberem lidar com
algo de ordem subjetiva. Mantiveram-se arraigados às crenças
comprovadas por argumentos racionais, e assim, resistentes aos
novos e desafiantes percursos da “nova-velha” abordagem,
que se configura nos tempos atuais, afastam-se da trilha a ser
percorrida. Alguns não percebem que enquadram-se em padrões
condicionantes e esperam que as coisas aconteçam sob seu
controle. Posicionam-se de forma extremista diante da vida, gerando
ambivalência e conflitos que retratam um caráter
dual, desenvolvendo ao longo do tempo posturas tendenciosas que
retratar um pensamento baseado em posições extremas
e deterministas: ou é isto ou aquilo, estando sempre entre
o bem ou o mau, o feio ou belo, certo ou errado, bom ou ruim.
O radicalismo, o extremismo, fez o homem sofrer, gerar guerras,
e se destruir.
Hiroshima
As concepções
teóricas que alicerçam a educação,
sistema básico para formação de um povo,
foram e ainda são fundamentadas em práticas pedagógicas
mecanicistas, behavioristas, que estimulam comportamentos condicionantes
e repetitivos, repercutindo assim nos outros setores da sociedade
e acarretando uma reprodução em massa de sujeitos
desprovidos de um pensamento crítico, dedutivo e criativo.
Somos resultado de uma geração modelada para ter
um resultado final esperado pela família, pela sociedade.
Sobrecarregados pelo peso de uma violência simbólica,
culpamo-nos pelo insucesso. Cobramos e esperamos de nós
coisas que nem fomos preparados para realizar, como se o que nos
foi ensinado fosse o fundamental, a essência e excelência
do saber para uma vida de plenitude.
Desconectados por não termos desenvolvido nossos verdadeiros
dons e aptidões, encontramo-nos num território de
contradições e numa sociedade fragmentada pelo não
ser. Estimulados a corresponder ao modelo vigente, continuamos
a copiar o que está subtendido na propaganda subliminar,
nos mantendo reféns do sistema.
O nosso inconsciente nos prega peça! Muitos não
se dão conta do seu jogo dúbio, seu disfarce, sua
máscara de bonzinho, perfeito e saudável, o falso
feliz, o falso adaptado. Encaixamo-nos direitinho e iludimo-nos
também com um falso conforto. O inconsciente nos passa
a perna e caímos na rede dos boicotes, dos enganos, e assim
saltamos das impossibilidades às fantasias, ilusões,
e lamentações. Subtende-se claramente que, com as
escolhas feitas, preferimos adoecer a confrontar o novo, nos acidentar
para não agir, nos operarmos para não operar mudanças,
chegamos até mesmo a morrer, a realizar algo maior que
exigiria um esforço transpessoal.
Para cumprirmos
um percurso transpessoal em nossas vidas precisaríamos
nos posicionar num outro lugar de valor. Costurar um caminho que
nos leve de volta ao encontro com nós mesmos, sair do lugar
comum, para ir além, à fonte de riqueza, ao encontro
das verdadeiras potencialidades, exigiria muita coragem, muita
vontade, e determinação. Vontade, como princípio
de tudo, é a força motora que desencadeará
o processo, sem ela não existirá coragem nem determinismo.
Dela gerará a coragem e da coragem, a determinação.
Quando esse querer acontece, alguns portais do inconsciente se
abrem e novos espaços mentais vão sendo acessados,
compreendidos e essencialmente aceitos. Mas, caso não sejam
acessados, os espaços se fecharão novamente, embotando
a mente, e a pessoa fica impedida de crescer como consciência
universal. Quando aceitos, clarões quânticos se revelarão
em forma de “insights”, fazendo você entender
que tudo é possibilidade a partir dos pensamentos e ações
do homem. A nova tônica se manifesta! Com uma consciência
mais ampliada você começa a se dar conta que a vida
flui, que tudo se recria. O imanifesto está manifestado.
Nada é definitivo!
O determinismo tira a riqueza da espontaneidade e da naturalidade
dos fatos a criar-recriar o universo de manifestações
a toda hora e em toda parte, a conduzir os dias. Os acontecimentos
giram numa dinâmica, o tempo é relativo, porém
nem todos querem ver e aceitar a variância e a diversidade
de formas, de jeitos, de tons.
É necessário entendermos que tudo, absolutamente
tudo, é passível às mudanças, que
o movimento cíclico da vida pode criar outro holograma
diante dos meus, dos seus, projetos e planos para aquele ano,
mês, dia ou até mesmo instantes. Os eventos do mundo
se recriam a cada fração, de diversas formas, em
diversos lugares, num espaço-tempo infinitesimal. Não
é possível controlá-los, aprisioná-los
em uma caixinha mágica para manipulá-los ao bel
prazer. Mas, de forma configurada, podemos tocar a nossa “varinha
de condão” e acessarmos o sentido maior da vida,
nossa mais pura intuição, a manifestação
essencial do ser para realizarmos nosso percurso transpessoal,
e atingir o bem maior, na realização de nossas vidas.
O impermanente, o dinâmico, o criativo, o mutável,
o intangível abrem espaço para inovação
e fluidez dos eventos cósmicos em movimentos a recriar
a vida a cada instante. Precisamos apenas estar abertos e flexíveis
à variação e manifestação desses
eventos de forma a nos adaptarmos a novos modelos, novos hologramas,
permitindo que a natureza trace novos rumos, constituindo assim
um mosaico diferente do que você pintou até então,
buscando recriar-se de uma forma mais feliz e harmoniosa.
IDÉIAS
DOS PENSADORES
“O mundo
afigura-se assim, como um complicado tecido de eventos, no qual,
conexões de diferentes tipos se alternam ou se sobrepõem,
ou se combinam, determinando, assim, a textura do todo”.
W. Heisenberger.
“Tudo que
chamamos de real é feito de coisas que não podem
ser consideradas reais”. Niels
Bohr.
“Na física
moderna, a imagem do Universo como uma máquina foi transcendida
por uma visão dele como um todo dinâmico e indivisível,
cujas partes estão essencialmente inter-relacionadas e
só podem ser entendidas como modelos de um processo cósmico.
No nível subatômico, as inter-relações
e interações entre as partes do todo são
mais fundamentais do que as próprias partes. Há
movimento, mas não existem, em última análise,
objetos moventes; há atividade, mas não existem
atores; não há dançarinos, somente a dança”.
Fritjof Capra.
“O mundo
da física das partículas é um mundo de chispante
energia eternamente dançando consigo mesma na forma de
suas partículas faiscantes, dentro e fora da existência,
colidindo, transmutando-se e desaparecendo novamente! É
um mundo onde o que é igual ao que acontece, e onde a dança
da criação, aniquilação e transformação
prosseguem sem parar dentro do marco das leis da conservação
e probabilidade. No nível subatômico não há
uma clara distinção entre o que é e o que
ocorre entre o que atua e a ação. O dançarino
e a dança são a mesma coisa. O que chamamos matéria,
ou partícula, está sendo constantemente criado,
aniquilado, e novamente criado. Onde não havia NADA subitamente
há ALGO e logo esse algo desaparece novamente, freqüentemente
transformando-se em algo distinto antes de desvanecer-se”. Gary Zukav.
“Ainda que,
na vida prática, diária, o indivíduo pense
em termos de matéria sólida, espaço tridimensional
e causalidade linear, a compreensão filosófica da
existência torna-se muito mais complexa e sofisticada, e
se aproxima daquela encontrada nas grandes tradições
místicas do mundo. O Universo é visto como uma intensa
trama de aventuras na consciência e é superada a
dicotomia entre experimentador e experimentado, entre forma e
vazio, tempo e não-tempo, determinismo e livre arbítrio,
existência e não-existência”. Stanislav Gröf.
“Um problema físico é sempre uma advertência
para que examinemos em profundidade as nossas emoções,
os nossos pensamentos e atitudes a fim de averiguarmos o que é
possível fazer para restaurar a harmonia e o equilíbrio
natural do nosso ser”. Shakti Gawain.
“Consciência
implica limitações e qualificações;
algo de que ser consciente e alguém para ser consciente.
Mas a Consciência Absoluta contém o conhecedor, a
coisa conhecida e o conhecimento; os três nela coexistem
e formam um todo uno”. H. P. Blavatsky.
“Quando
há dualidade devido à ignorância, o indivíduo
vê todas as coisas como distintas do Ser – escreveu
o grande monista Shânkara – Quando tudo é conhecido
como o Ser, nem mesmo um átomo é visto como diferente
do Ser. Obtido o conhecimento da Realidade, já não
se experimentam os efeitos de ações passadas, em
virtude de irrealidade do corpo, exatamente como não pode
haver sonho depois do acordar”. Paramahansa
Yogananda.
“O budista
não crê num mundo externo independente, ou existindo
separadamente, em cujas forças dinâmicas possa se
inserir. O mundo externo e seu mundo interior são, pra
ele, apenas dois lados do mesmo tecido, no qual os fios de todas
as formas de consciência e de seus objetos se acham entrelaçados
numa rede inseparável de relações intermináveis
que se condicionam mutuamente”. Anagarika Govinda.
“A parte
é algo diferente do todo; mas também é o
mesmo que o todo; a substância é o todo e a parte”. Heráclito
de Èfeso.
“Tudo é
duplo; tudo tem pólos; tudo tem o seu oposto; o igual e
o desigual são a mesma coisa; os opostos são idênticos
em natureza, mas diferentes em grau; os extremos se tocam; todas
as verdades são meias-verdades; todos os paradoxos podem
ser reconciliados”. O Caibalion.
“Reconhecendo
as diferenças fundamentais entre a Ciência e a Tradição,
constatamos não a sua oposição, mas a sua
complementaridade. O encontro inesperado como enriquecedor entre
a Ciência e as diferentes Tradições do mundo
permite pensar no aparecimento de uma nova visão da humanidade,
até de um novo racionalismo, que poderia levar a uma nova
perspectiva metafísica”. Carta de Veneza.
“Nada no
sentido supramental é realmente finito; baseia-se num sentimento
de que tudo está em cada coisa e cada coisa em tudo”. Sri Aurobindo.
“O
homem não teceu a teia da vida, é apenas um fio
dela. O quer que faça à rede, fará a si mesmo.”
Cacique Seattle.
“Uma vez
entendido isso, que o ser humano nasce como liberdade, todas as
dimensões se abrem para serem desenvolvidas, e cabe a você
decidir o que se torna e o que não se torna, tudo será
criação sua. Dessa maneira, a vida se torna uma
aventura não um desdobramento, mas uma aventura, uma investigação,
uma descoberta. A verdade ainda não lhe foi dada; você
terá que criá-la. De certa maneira, a cada momento
você está criando a si mesmo”. Osho.
Teste Transpessoal
• Verifique
sua forma de ser e estar no mundo: em qual paradigma você
circula e se identifica mais?
Paradigma Clássico
x
Paradigma Holístico
1. Dogmático
( )
1. Não dogmático
( )
2. Racional
( )
2. Emocional-intuitivo
( )
3. Controlador
( )
3. Espontâneo, natural
( )
4. Visa quantidade
( )
4. Visa qualidade
( )
5. Realidade objetiva
( )
5. Consciência subjetiva
( )
6. Baseado unicamente nas leis
( )
6. Liberdade com responsabilidade
( )
7. Inclinação a exterioridade
( )
7. Inclinação a interioridade
( )
8. Pede a explicação, entendimento
( )
8. Pede a compreensão
( )
9. Postura experimental, provável
( )
9. Postura experiencial, vivencial
( )
10. Previsível
( )
10. Imprevisível
( )
11. Determinista
( )
11. Indeterminista
( )
12. Rígido
( )
12. Flexível
( )
13. Rege-se pela exatidão
( )
13. Flui na incerteza
( )
14. Mostra caráter mecanicista
( )
14. Mostra caráter organicista
( )
15. Tendência reducionista
( )
15. Tendência globalizante
( )
16. Visão restrita, curta
( )
16. Visão geral, ampla
( )
17. Foca o específico, particular
( )
17. Foca a totalidade
( )
18. Postura da dualidade
( )
18. Postura da unicidade
( )
19. Tendência a generalidade
( )
19. Tendência a singularidade
( )
20. Decompõe para entender
( )
20. Unifica para entender
( )
21. Ponto de vista de causalidade
( )
21. Ponto de vista de sincronicidade
( )
22. Atenção no objeto, acumulação
( )
22. Atenção no sujeito, impermanênci a
( )
23. Independência das relações
( )
23. Interdependência das relações
( )
24. Interdisciplinariedade
( )
24. Transdiciplinariedade
( )
Obs.:
Se você enumerar mais um tendência que a outra,
estará nas polaridades: o ideal é estar em equilíbrio
entre os paradigmas.
O egoísmo
é uma das mais terríveis doenças da alma,
o maior obstáculo ao aperfeiçoamento espiritual.
Torna estéreis quase todos os esforços do homem
para o bem.
O egoísmo é a persistência desse individualismo
feroz que caracteriza o animal, como um vestígio desse
estado de inferioridade que já experimentamos.
Mas o homem é, antes de tudo, um ser social, destinado
a viver com seus semelhantes e nada pode sem eles. Abandonado
a si mesmo, seria impotente para satisfazer suas necessidades,
para desenvolver suas qualidades.
Somos parte integrante da sociedade, e tudo o que a atinge, atinge-nos.
É nessa compreensão do laço social, da Lei
de solidariedade, que se mede a dose de egoísmo que está
em nos.
Aquele que sabe viver nos seus semelhantes e pelos semelhantes
possui um critério infalível para julgar sua conduta.
Nada faz sem pesquisar se aquilo que produz é bom ou mal
para aqueles que o cercam, sem se perguntar se seus atos são
nocivos ou proveitosos para essa sociedade da qual é membro.
Se parecem vantajosos apenas para si e prejudiciais aos outros,
sabe que, na realidade, eles são maus para todos, e deles
se abstém, escrupulosamente.
O egoísmo traz em si seu próprio castigo: tarde
o cedo, encontra o vazio por toda parte, na existência terrestre
como depois da morte.
Aquele que vive em comunhão com seus semelhantes, fazendo-os
compartilhar suas faculdades e seus bens, espalhando ao seu redor
o que há de bom em si, este tem consciência de obedecer
a Lei, de ser um membro útil da sociedade.
Não haverá paz entre os homens, não haverá
segurança, enquanto o egoísmo não for vencido,
enquanto os privilégios, as desigualdades não desaparecerem
e cada um participar, na medida do seu trabalho e dos seus méritos,
no bem-estar de todos. Não pode haver nem paz nem harmonia
sem a justiça.
À medida
que esse sentimento for se espalhando pelo mundo, as instituições,
as relações sociais melhorarão. A fraternidade
descera ate os corações para se tornar uma realidade.
Não haverá mais, então, um só lamento
sem eco. A grande família humana, forte, pacífica,
unida, avançara com passo mais rápido em direção
aos seus magníficos destinos.